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Arte e solidariedade se unem nas ruas, Teatro Águia é notícia no O liberal

Na última sexta (19), o Teatro Águia foi destaque no caderno cidades do jornal O liberal. A Noticia relatou o trabalho da família Sarah em levar peças teatrais á moradores de rua da praça do operário.

Arte e solidariedade se unem nas ruas

TEATRO ÁGUIA Grupo leva sopão e teatro a pessoas em situação de rua, na Praça do Operário

Levar alimentação e uma mensagem de esperança a partir da Palavra de Deus a pessoas em situação de rua e de baixa renda em praças e vias públicas de Belém. É este o objetivo que move há oito anos o Grupo de Teatro Águia que em três ou quatro dias da semana serve um sopão e apresenta um espetáculo cênico para jovens e adultos na cidade. “A nossa intenção é levar um pouco de ajuda, consolo e fé em Deus a eles”, afirmou o estudante de Jornalismo e idealizador do Águia, Lucas Sarah, de 21 anos.
Além de Lucas, o grupo conta com a participação da mãe dele, Márcia Sarah, teóloga de 46 anos, e da irmã do estudante, Quéren Sarah, de 24, estudante do curso técnico de Enfermagem. A família, integrante da Assembleia de Deus em Belém, mora no bairro do Coqueiro, em Ananindeua. Lucas explicou que o Grupo Águia, surgiu em 2009, depois que, pelo hábito de frequentar as praças de Belém, pôde observar o trabalho de distribuição de sopa para pessoas em situação de rua, feito por outros grupos. “Eu queria também contribuir com os moradores de rua, mas fazer algo diferente, algo que fosse pedagógico. Pensei em uma peça na qual eles se vissem, observassem a vida deles próprios”, destacou.
Lucas organizou, então, o espetáculo reunindo personagens como um mendigo e suas necessidades, um dependente químico com a problemática do uso de drogas, pessoas que moram nas ruas e que têm suas roupas rasgadas, algumas com ferimentos, e outros casos. No decorrer da peça estão presentes os personagens Deus e o Diabo, para que possam ser expostos os caminhos a que estão sujeitos os cidadãos no mundo, segundo a concepção do autor.

Encenações abordam males das drogas, da violência e da prostituição

“É gratificante verificar que muitos dos moradores de rua mudaram de vida, ao entrar em contato com a peça”, disse Lucas. Ele citou como exemplo a transformação provocada pelo enredo que a família apresenta todas as quintas-feiras à noite, na Praça do Operário. Além do idealizador do grupo, Márcia e Quéren, participam amigos que estiveram ontem à noite apresentando a peça “Jogos Mortais “, uma paródia do filme, na qual é traçado um paralelo com o mundo de quem vive nas ruas. Foram servidos 60 litros de sopa.
O grupo também atua no Ver-o-Peso, Entroncamento, Terra Firme e Icuí-Guajará. Em seu trabalho, a família identificou casos de pessoas com dependência de álcool e drogas ilícitas. Segundo os atores, os casos de prostituição também são numerosos e entre as pessoas assistidas há tanto jovens de 20 anos como idosos.
Aos 44 anos, casado e com três filhos, o maranhense Irmão Soares, como é conhecido, vive de bicos com uma enxada que leva na bicicleta. “Morei na rua desde os 10 anos de idade. Deus mudou a minha vida, com a ajuda do grupo aqui, e hoje eu sempre venho cantar e dar uma força nesse trabalho em defesa da vida”, atestou.
Atores promovem conscientização, conforto e paz a quem se encontra nas ruas.

Fonte: O liberal

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