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Ato contra as drogas ocorre em Belém

Ação foi promovida pelo Pará Contra as Drogas

Por Thiago Abreu
A organização Pará Contra as Drogas promoveu, na última semana, um ato teatral no centro da cidade de Belém, capital do Pará. De acordo com a organização, a ação envolveu mais de 2 mil pessoas, entre elas jovens e adolescentes. A ação contou com a parceria de escolas privadas e públicas, centros de recuperação, catadores de lixo e organizações não-governamentais. Com fantasias que faziam referência à fragilidade de dependentes químicos, o grupo acredita que o vício é uma opressão maligna.
“As correntes simbolizam a dependência que a droga causa no usuário. A figura do demônio simboliza o mal que ela é para o dependente. E a camisa verde e amarela suja representa o quanto a nação está sendo manchada pela violência, muitas vezes gerada pelos entorpecentes e o tráfico delas”, afirma Lucas Sarah, fundador do grupo e um dos atores. A marcha seguiu seu percurso em pontos importantes da cidade, como o Teatro da Paz e o Mercado de São Brás, e mostrou cenas de violência. Os atores representavam brigas por drogas e um dependente químico em overdose, como encenado pela atriz Quéren Sarah.
“A intenção é essa, viemos para chocar a opinião de quem passa por aqui. A ideia de se maquiar como zumbis acorrentados, é para demonstrar pelo menos um pouco o inferno que é para a família dos usuários de drogas”, disse Quéren. Por fim, o grupo parou em frente à Basílica de Nazaré. Ali, foi representado, em teatro, a música “Olhos no Espelho”, sucesso do Milad lançado originalmente em 1987, conhecida na voz do cantor João Alexandre, compositor da canção.
A ideia de trazer um teatro no ato foi do jornalista Walmir Gomes, organizador da marcha e líder da frente Pará. “Walmir conhece o nosso trabalho há muitos anos, acredito que as encenações nos semáforos de Belém contribuiu para estarmos aqui. Quando o sinal fecha e os pedestres atravessam a via, nós invadimos o asfalto mostrando cenas de overdoses e outras consequências que os entorpecentes causam”, disse Márcia Sarah.

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